Os movimentos periódicos de elevação e abaixamento da superfície dos oceanos, mares e lagos são provocados pela força gravitacional da Lua e do Sol sobre a Terra. As marés ocorrem a intervalos regulares de G horas e 12 minutos. Portanto, a cada 24 horas e 50 minutos, o mar sobe e desce duas vezes, constituindo o fluxo e refluxo das águas. À medida que a Terra gira, outras regiões passam a sofrer elevações, como se a subida de nível se deslocasse, seguindo a Lua.
No lado oposto da Terra dá-se o mesmo: as águas também se erguem, de forma que uma elevação compensa a outra. Assim, nas regiões da costa, essas elevações das águas correspondem às marés altas.
Enquanto o nível das águas sobe em dois lados opostos na Terra, em outras duas regiões do globo (também diametralmente opostas) ele desce: é a maré baixa.
Embora muito maior que a Lua, o Sol tem menor efeito sobre as marés, porque sua distância da Terra é muito grande. A elevação das águas, contudo, é bem mais acentuada quando os três corpos estão alinhados, o que é verificado duas vezes por mês, na Lua cheia e na Lua nova; são as chamadas marés grandes. Quando o Sol, a Lua e a Terra estão dispostos em ângulo reto (sendo a Terra o vértice) , a variação das marés é menor; são as marés mortas.
A diferença entre a maré baixa e a maré alta é denominada amplitude das marés e se mede por meio de uma régua graduada ou marégrafo.
Para uma determinada maré, a altura A, medida em metros, acima do nível médio, é dada, aproximadamente, pela fórmula A(t) = 4 sen (30t + 45)°, em que t é o tempo medido em horas.